Aproveito o título deste blog pra explicar uma coisa que gera muita confusão.
Quando se fala em Direitos Humanos, é comum pessoas menos esclarecidas sobre DDHH perguntarem se em situações violentas ou emocionalmente terríveis, os defensores da DUDH continuam a defendendo.
É sempre bom ter em mente que todos somos humanos, sujeitos a erros como ter, em algum momento, uma prática diferente do discurso. Oras, é compreensível que aquele que perde um ente querido de maneira violenta tenha ressentimento tal que o faça, mesmo que por algum momento, a querer vingar-se de forma igualmente violenta, e isso vale para os defensores e ativistas de Direitos Humanos.
O que não pode acontecer é a vingança nortear a política de Estado no tratamento de detentos que sairam fora da lei. O Estado, como organização social a qual estamos inseridos, não é emocional e nem vingativo, ele deve garantir a civilidade, inclusive quando nós mesmos, membros deste Estado, estamos prestes a perde-la.
Nós, que acreditamos nos Direitos Humanos, podemos ser "Canhotos Humanos" em situações pontuais. Porém, exigimos do Estado que seja guardião dos direitos de todos os cidadãos, o Estado Civilizado deve ser o baluarte dos Direitos Humanos, mesmo que este Estado seja composto pelos "Canhotos Humanos", ou simplesmente humanos, que tem, cada um, suas próprias limitações.
Nós nos organizamos como Estado justamente para superarmos nossas limitações. Não haveria sentido na existência do Estado se este fosse emocional e bárbaro.
Eu reverencio aqui a Civilização, a Liberdade e os Direitos Humanos.