sexta-feira, 30 de abril de 2010

Militares entre plumas e paetês

Antes de começarmos o artigo, quem não teve oportunidade, veja este vídeo:


Curioso, não acha? Militares americanos no afeganistão fazendo sua versão de Telephone, de Lady Gaga e Beyonceé.

Esse vídeo "sensual" me lembra uma discussão polêmica. Homossexuais, podem, ou devem ser incorporados às forças armadas? Pense bem antes de responder, independente de achar que devem, ou não ser incorporados. Enquanto pensa nisso, vou passar minhas impressões sobre o assunto:

A algum tempo acompanho discussões, em que moralistas rechaçam a possibilidade e acham que seria ridículo a presença de homossexuais nas Forças Armadas. Nessas mesmas discussões, vejo pessoas que impõem essa presença em função de participarmos de um estado democrático. E aí, vejo alguns que considero mais inteligentes, que adotam um discurso comedido. Faço parte desse último grupo.

Raciocine comigo. Por que cargas d'água imporíamos a presença de determinado grupo nas forças militares? Também imagine algum argumento pratico para que essa mesma pessoa venha a ser proibida de exercer a profissão.

É o suficiente isso. Normalmente, argumentos proibicionistas, tem mais um carater moral, e a meu ver extremamente anti-ético. Lembro que em uma dessas discussões, li de um dos postulantes, a frase perfeita para endossar meu discurso meio a meio, que foi mais ou menos assim: Somente um depravado ficaria policiando o que uma pessoa faz ou deixa de fazer na cama com outra. O que motivou esse assunto, na época, foram denúncias de que dois soldados do exército tinham sido pegos com a mão na massa. O caso foi muito comédia. Daí os moralistas de plantão sapatearam em torno da proibição da presença de gays no exército, como se homossexualidade fosse doença contagiosa. Era muito louco ver a discussão:

"Um exército com gays? Nunca vou aceitar isso."(?)
Por outro lado:
"O público GLBTT deve figurar nas Forças Armadas".(??)

Deus do céu, isso faz tanta diferença?

Presta o concurso quem quer. Ou vai me dizer que chega um tenente na hora do exame físico com uma prancheta e pergunta:
"Você é gay?"

Resumindo, o código de posturas já proíbe relacionamentos em ambiente de trabalho/treinamento, e isso é mais do que suficiente pra se punir engraçadinhos. Se preocupar se esse relacionamento é gay ou não, é coisa voyeurs.

Em breve, quando eu estiver mais inspirado, discutimos o casamento gay.

7 comentários

Ingo disse...

Muito bom seu texto
e o video é engraçado
respondendo a sua pergunta
Acho que eles podem fazer parte sim, contando que sejam HOMENS na hora de cumprir seu dever como militar, fora isso acho que não tem problema.... O mundo é muito preconceituoso

conselheira do amor disse...

kkk ai totalmente sem noção isso...
gostei...
parabéns

Curiosa da Vida disse...

Cara!
Pra assumir que se é gay, tem que ser muito macho .... Ainda mais no exército ... E mais, se o cara entra pro exército e NÃO é gay, logo PODERÁ SER, pois o ambiente é propício ...
hehehe !
Bj

Danilo LaGuardia disse...

Galera, só avisando. Em momento nenhum eu disse que os oficiais no vídeo são gays. Utilizei ele apenas como analogia.

Thamyzinha Iwasaki disse...

rsrs bem achei o video bem legal
e o seu texto estava otimo e respondendo vc, sim eles podem se assumirem seus deveres e serem serios.

xau

multimarcasconsorcios disse...

Paulo
Assunto muito polemica.
A minha opinião é o seguinte, todos são iguais, a opção sexual não determina caráter capacidade e moral, acho que deve ser levar em conta esses quesitos e não sexualidade, conheço pessoas de todas opções sexuais e em todas elas vejo pessoas com qualidades admiráveis e isso deve levar em conta.
Temos que avaliar o que realmente faz diferença em nossa sociedade, pois o preconceito, é conceito muito limitado, é conceito caracterizado pela falta de conhecimento especifico sobre o assunto. Como diz D2 é melhor informar antes de criticar. Preconceito é fruto da falta de informação.

Hysteria Project disse...

o vídeo éuma piada kk

Postar um comentário