segunda-feira, 5 de julho de 2010

Direitos Humanos e a Campanha #VOLTASCOLARI

Sendo bastante honesto, o post não tem nada a ver com Direitos Humanos, só puz o título pra poder manter meus antigos leitores, atrair novos leitores, e de quebra, mais seguidores no Twitter, e Leitores de Feed, huahua... Poderia falar de ganhos sociais com o esporte para dar uma mascarada nessa derrapada minha, mas pra que mentir. É um post safado sobre futebol num blog que não deveria ter nada a ver com futebol. Sendo assim, vou promover a campanha de Hashtags no Twitter, o #VOLTASCOLARI. Males de ser um militante de Direitos Humanos apaixonado por futebol.

Entenda por que quero o Scolari:

Começou a temporada de caça aos vilões, e Dunga já foi eleito o maior vilão pela mídia, e Felipe Melo considerado um assecla do complô de desclassificação. Que viagem, brasileiro tem uma mania de achar que se perdeu, deve ser mutreta. É impressionante, ninguém entende que é possível ter jogado mal, ou que o adversário tenha jogado melhor.

A proprietária da Auto Escola que eu frequento diz que o jogo do Brasil foi perdido por que eram 10 contra 12. Mas venhamos e convenhamos, acha honestamente que foi isso? Dunga fez o que sabia. Sabia ser o
Dunga,oras. nem mais, nem menos. Nunca gostei dele na Seleção, e nada tem a ver com achar que ele era burro, despreparado, entre outras coisas. É por achar o futebol dele chato. Apenas isso. Parecia mais uma seleção européia jogando que o time do Brasil. Dos 23 convocados, 2 jogavam em solo pátrio, e apenas 1 deles atuava como titular. Futebol chato, insosso, burocrático. "Vamos investir nos contra ataques e uma defesa sólida". Coisa enfadonha aquilo.

Daí, já que demos adeus ao Dunga, melhor investir num treinador com bagagem. Em alguém que sabe o que tá fazendo. Show de bola o Luiz Felipe Scolari. Tá certo que ele gosta de um futebol mais sacana: "Vá lá e desce o braço". Mas ele sabe o caminho da vitória. Duvida? Vai aí a lista de títulos dele contra os melhores do país. Qualquer dúvida sobre algum dos treinadores, para verificar os títulos com detalhes de clubes e anos de conquista, clique no nome:

Luiz Felipe Scolari: 
Campeonatos estaduais: 1 Alagoano, Três Gaúchos.
Campeonatos regionais: 1 Copa Sul-Minas, 1 Torneio Rio-São Paulo.
Campeonatos Nacionais: 3 Copas do Brasil(uma das quais pelo Criciúma), 1 Campeonato Brasileiro, 1 Campeonato Uzbeque, 1 Copa do Emirado.
Campeonatos Continentais: 2 Copas Libertadores, 1 Recopa Sulamericana, 1 Copa Mercosul, 1 Copa da Ásia.
Títulos pela Seleção Brasileira: 1 Copa do Mundo.

Já foi eleito o melhor treinador do continente em duas oportunidades, e o melhor do mundo no ano da Copa do Mundo.

Vanderlei Luxemburgo:
Campeonatos Estaduais: 1 Campeonato Capixaba, 8 Campeonatos Paulistas, 2 Campeonatos Mineiros, 1 Campeonato Carioca, Uma Taça Guanabara(equivalente a 1/2 Carioca).
Campeonatos Regionais: 2 Torneios Rio-São Paulo.
Nacionais: 5 Campeonatos Brasileiros, 1 Campeonato Brasileiro da Série B, 1 Copa do Brasil.
Títulos Pela Seleção: 1 Copa América, 1 Torneio Pré-Olímpico.

Muricy Ramalho:
Campeonatos Estaduais: 2 Campeonatos Pernambucanos, 2 Campeonatos Gaúchos, 1 Campeonato Paulista.
Campeonatos Nacionais: 3 Campeonatos Brasileiros, 1 Copa da China.
Campeonatos Continentais: 1 Copa Conmebol.




Dorival Junior:
Campeonatos Estaduais: 1 Campeonato Catarinense, 1 Campeonato Cearense, 1 Campeonato Pernambucano, 1 Campeonato Paranaense, 1 Campeonato Paulista.
Campeonatos Nacionais: 1 Campeonato Brasileiro da Série B.






Ricardo Gomes:
Campeonatos Regionais: 1 Copa do Nordeste.
Campeonatos Nacionais: 2 Copas da Liga Francesa, 1 Copa da França.






Resumindo as críticas. Desses aí, pra mim, os melhores são sem dúvida o Luxemburgo e o Scolari. O Luxemburgo por ser o maior papa canecos do Campeonato Brasileiro, com cinco títulos em seu invejável currículo. Mas ainda perde por uma ligeira margem para o Scolari, por que esse é um papa canecos continental. O maluco sabe o que faz, o Scolari ganha Copa do Brasil com o inexpressívo Criciúma. Nenhum dos dois perde por falta de ousadia. Gosto disso. Treinador tem que ser ousado, e vencer sem ter medo de perder, coisa que não éra uma virtude Dunguista. O Muricy não tem um currículo tão robusto, mas conseguiu a proeza de ser tri-campeão brasileiro em anos consecutivos, receita que ninguém deu conta antes, e vai ter dificuldades para repetir. Dorival Junior só é badalado por ter pego um elenco praticamente pronto, legado do Luxemburgo, e ter os meninos da vila lá. Assim considero. Ricardo Gomes, outro nome cotadíssimo, acho que ainda precisa de mais uns calos na mão antes de se considerar pronto pra assumir a Seleção mais tradicional do planeta. E não me contem piadas falando de Emerson Leão, nem vou colocar o currículo dele aqui. Ótimo para apagar incéndios nos clubes. E só.

Mas por que não deixa suas próprias sugestões? Levir Culpi? Toninho Cerezo? PC Gusmão?(Outro ótimo nome, que não vou deixar o currículo por falta de espaço. Mas esse retranqueiro transformou o Ceará num clube competitívo!!!) Mano Menezes? Fique a vontade pra comentar.

4 comentários

Arthur Golgo Lucas disse...

Estou me candidatando ao cargo de técnico da Seleção Brasileira de Futebol, pode ser?

A minha proposta de trabalho é a seguinte: como eu não manjo patavinas de lidar com os jogadores, vou contratar o Felipão ou o Luxemburgo para fazer especificamente essa parte e vou investir meu tempo fazendo uma supergerência da equipe de jogadores e da equipe de suporte.

"Equipe de suporte"? É. Vulgarmente conhecida como "comissão técnica". Normalmente conta com um preparador físico e um médico, mais um ou dois gatos pingados que realmente fazem alguma coisa. Uma vez teve um psicólogo, outra vez um pastor evangélico. Eu vou levar alguns especialistas em futebol para ficarem criticando o tempo todo (nos meus ouvidos, não nos de mais ninguém), um matemático e um estatístico para me ajudarem a traçar um perfil de cada jogador e do relacionamento entre os jogadores (naquilo que importa: quantos por cento de acerto em passes nas condições tais e tais? quantos por cento de conversão de faltas em gols nas distâncias tais e tais?), meia dúzia de psicólogos para acompanhar de perto cada atleta (para evitar os fiascos ocorridos quando o Ronaldo teve uma convulsão e quando a Holanda empatou o jogo nestas quartas de final) e um atirador de elite para dar um tiro no saco do primeiro que fizer uma imbecilidade como o Felipe Melo fez pisando propositadamente no atleta adversário. Em campo, na frente das câmeras.

Minha tese: técnico não tem que ser gerente de equipes, tem que ser técnico. Contratem-me para gerenciar essa joça que eu trago a Copa do Mundo. E vamos acertar o preço: se eu não trouxer a Copa do Mundo, paguem-me um décimo do salário do Dunga; se eu trouxer, paguem-me dez vezes o salário do Dunga. E estamos conversados. :-)

Anônimo disse...

Ih... libera os comentários, poucos são os que comentam quando não podem ver o resultado imediatamente. Quando um troll aparecer, deleta.

Danilo LaGuardia disse...

Atendendo a pedidos de várias pessoas, não modero mais os comentários.

O motivo da moderação nem era coibir a presença de trolls, pra ser franco. Era apenas ter certeza de poder acompanhar todos. Sem a moderação, vez ou outra acontece a derrapada de não ler um comentário. Mas vá lá. Vou cancelar a moderação.

Danilo LaGuardia disse...

Arthur.

Essa é a questão. O Felipão e o Luxemburgo são técnicos, tem as manha de articular um esquema tático, manter a disciplina dos times que pegam, e surpreendem adversários. Sabem a hora de pegar pesado com três atacantes, e a hora de segurar a onda com três zagueiros. Não funciona no esquema que usamos no futebol de várzea daqui: Nóis ataca de muntuera e defende de bululu, se eles baxiá nóis artêia.

O Luxemburgo, ainda por cima, ganha no pioneirismo. Contratou Wagner Tardelli, árbitro aposentado e respeitado, para atuar como instrutor de arbitragem. Daí começa a valer a pena uma comissão técnica.

Jogadores de futebol vem do nada, normalmente das camadas mais pobres da sociedade, daí não me surpreende quando eles vão com sede ao pote, caem em baladas, comem funkeiras, visitam festas de socialites, para no dia seguinte aparecerem de ressaca nos treinos.

Psicólogos para trabalharem esse aspecto neles viriam muito a calhar, além de poderem contribuir muito com uma disciplina de maneira menos conturbada do que uma briga com o técnico.

Matemáticos poderiam ajudar o técnico a avaliar o jogo em números e assim analizar o adversário de maneira mais fria, além de poder contar de estatisticamente onde cada jogador atua melhor e pode contribuir mais, e onde ele precisa trabalhar mais pesado para cancelar uma deficiência.

Felipão ou Luxemburgo na seleção(ainda prefiro o Felipão, meu galo não pode perder o Luxemburgo logo agora).

Mas todo grande técnico, só é um grande técnico, quando tem uma comissão a altura para dar o devido apoio.

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