quinta-feira, 29 de julho de 2010

Eleição é um bagulho frenético, por isso a mudança deve ser radical

Hoje recebi o mesmo e-mail de dois amigos pessoais meus, participando de uma campanha pelo voto nulo.
Wow! Muito me atrai a idéia, como já devem saber de outros carnavais, mas nesses e-mails e campanhas apócrifas da internet, normalmente não existem informações que garantam que a fonte é confiável. Então vamos lá voltar à cartilha do basicão:

Se 50% +1 votos forem nulos, as eleições são anuladas, visto que o resultado delas é considerado prejudicado em função disso, e novas eleições instauradas depois. Vejamos o que o Código Civil diz sobre isso:

[Lei nº 4.737/65]Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais, ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.” (Fonte: Código civil)
 Entendeste a piada? Cansei de votar em políticos do tipo "Rouba mas faz", quero é gentecomprometida, e esse artifício por si só já é um aviso bastante satisfatório de que você não é tão burro quanto parece.
Mas pode muito bem achar que votar nulo não resolve. Tudo bem, tenho outra sugestão bastante interessante pra você. No artigo Será que o voto nulo é o melhor voto de protesto? o Arthur destrinha uma estratégia na medida pra quem acha que votar nulo não dá resultado. Vote no cavalo perdedor então, oras. Se conseguirmos fazer duas ou três cadeiras de imbecis lá na câmara que vão aprontar horrores, por que não nos satisfazer com isso. Bota neguinho pra gritar lá e ponto final, arrumar horrores e confusão com as bancadas majoritárias e assista o circo pegar fogo. No fim das contas provavelmente ele vai se render às maravilhas do Foro Privilegiado, desvio de verbas e faturamento de horrores e vai se tornar mais um da mesma massa de esterco da qual já estamos acostumados. Daí continuamos o trabalho na eleição seguinte, colocando outro azarão, e na seguinte, e na seguinte...

Mas que não arredo o pé de que eu quero o INRI Cristo presidente, isso não arredo, pelos motivos que cito nesse artigo.

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