quinta-feira, 15 de julho de 2010

Será que tem um fundo de verdade?



Por que feminista tem que ser feminista, eu me pergunto. Qualquer dia peço proteção pra Maria da Penha, e do jeito que a coisa vai, vou acabar precisando.

Será que a Maria da Penha vai me proteger se eu for agredido pela minha esposa? Será que se eu fizer uso
de legítima defesa vão acreditar em mim? Será que se eu apanhar por que decidi não revidar e levar cana, o delegado que receber a queixa vai perder a oportunidade de rir da minha cara? Será que algum questionamento desse parágrafo é absurdo?


Vou preparar uma comemoração pra quando chegar o Dia Internacional do Homem.

7 comentários

Anônimo disse...

É interessante......como certas coisas são colocadas,rs.
Antes dessa lei,que tem o nome da mulher que fez uma guerra para que o marido que tentou assassina-la e que a deixou em uma cadeira de rodas fosse punido,os homens que violentavam suas mulheres,que as torturavam e que as matavam....tinham todo o direito de fazer o que faziam.

Alegavam defesa da honra.
Diziam que era uma "briguinha doméstica" e a polícia deixava por isso mesmo.

Ou pagavam cestas básicas ....por suas agressões.

O Estado do Ceará foi condenado em uma corte internacional,por isso a lei mais severa.

A lei sempre existiu,mas nunca era respeitada.
Quando se tratava das mulheres.

Eu costumo dizer que a lei existe para aqueles que não a cumprem.

Por que temer uma lei que protege as mulheres?

Se a relação não está bem,separa!

Não precisa matar,violentar ou agredir.

Nunca agredi homem nenhum,mas já fui agredida......e muito.

De muitas maneiras.

Não vou usar essa lei,mas gosto de pensar que minhas filhas estão protegidas por elas....até certo ponto...porque não é uma lei que impede alguém de ser violento ou criminoso....isso, muitas vezes, vem do caráter.
Mas é uma lei que põe o criminoso dentro de uma penitenciária.

Dos males o menor.

Homens e mulheres deveriam ter a mesma proteção,mas quando um dos lados se vê abandonado......tenta mudar as coisas.
Foi o que aconteceu.
A lei é justa e igual para todos.....mas...

Temos o código de defesa do consumidor.
O estatuto da Infância e do Adolescente.
Estatuto da igualdade racial.
O estatuto do idoso......etc.

Segundo meu tio,professor de direito,uma lei específica é necessária,quando a lei que existe é fraca ou não corresponde as necessidades do indivíduo.


Se um homem tivesse lutado para que a lei respeitasse seus direitos...a lei não se chamaria Maria da Penha.


Se Darwin fosse mulher...a teoria sobre evolução teria outro nome,rs.

Danilo LaGuardia disse...

Antes gostaria de pedir que assinasse seus comentários, não precisa linkar com nada, apenas assine. Grato com a compreensão.

Devo entender que é uma mulher, já que diz que foi AGREDIDA, então vamos ao assunto que tento tocar aqui.

A lei Maria da Penha eu consideraria muito boa, já que prevê penas mais pesadas a autores de violência doméstica. Mas ela peca no quesito mais importante. Gera transtorno de gêneros. A lei em si cria um transtorno sexista que pesa muito na balança.

Em primeiro lugar, apenas utilizando uma situação exemplo.

Suponhamos que você atualmente seja casada, leva uma vida média, cotidiana com seu esposo, com nada mais que as briguinhas do dia a dia, toalha na cama, tubo de creme dental espremido pela metade, e por aí vai...

Num belo dia uma dessas discussões toma uma proporção mais pesada. Num raro descontrole você agride seu marido. Quais as opções dele?

1. Correr e ser tratado como um covarde, rezando pra que isso não fique corriqueiro.

2. Apanhar e ser tratado como frouxo, rezando pra que isso não fique corriqueiro.

3. Se defender e ser tratado como um criminoso, rezando pra que a delegada da delegacia da mulher não mande aplicarem uma surra nele antes de botar ele no xadrez, já que ele vai ser considerado culpado até que se prove sua inocência.

A dois anos, se não me engano me deparei com uma situação meio fora de contexto. Um cidadão agredido corriqueiramente pela esposa procura a justiça, o juiz lhe dá sentença favorável se utilizando por analogia da Maria da Penha. Deus, como algumas feministas que conheço protestaram.

As mais esclarecidas disseram que o juiz contribuiu com o machismo ao defender um cidadão indefeso.

As que ainda não estrearam o cérebro chamaram ele de broxa.



Pra evitar futuras dúvidas já fica o link do artigo contendo o caso logo abaixo:
http://protocolojuridico.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=462&Itemid=9

Nesse caso, ele merecia proteção a seu ver?

Anônimo disse...

LaGuardia, a lei SEMPRE protegeu o homem,e se eles não faziam valer seus direitos...era porque não queriam.

Não era o caso das mulheres,como bem sabes.

As mulheres não encontravam amparo na lei.

Essa senhora...MP....ilustra muito bem essa situação.

A polícia não fez nada por anos...até que uma corte internacional obrogou meu Estado a pagar-lhe por nada ter feito,isto é,por não ter aplicado a lei quando devia.


É indiscutível que homens e mulheres tenham a mesma prioteção da lei.

Agora.....se em uma briguinha doméstica....meu marido quebra meu braço ou me enche de hematomas......sinto muito, além de joga-lo atrás das grades....nunca mais cruzarei seu caminho.

É PRECISO que pessoas saibam agir com dignidade.
Se meu marido me xingar.....basta para ser abandonado por mim.....porque eu jamais o xingarei.E ele sabe disso.

Entre pessoas que convivem tem que haver respeito.

Existe uma coisa chamada.....conversa,diálogo....violência é coisa de quem não se respeita e nem respeita os outros.

Existe uma ante sala da violência....é necessário bloquear-lhe o caminho.

Nem criança merece maus tratos......imagine uma pessoas adulta.

Violência não é coisa de gente equilíbrada e que sabe pensar.

Danilo LaGuardia disse...

Gostaria de pedir encarecidamente que assine a contra-resposta, eu gostaria de saber a quem estou me dirigindo. Retirei a moderação dos comentários, permiti comentários anônimos a pedidos atendendo a pedidos, mas por favor, assine.

Mas me atendo ao seu argumento:

"Agora.....se em uma briguinha doméstica....meu marido quebra meu braço ou me enche de hematomas......sinto muito, além de joga-lo atrás das grades....nunca mais cruzarei seu caminho."

Acho que deixei claro que a briga que exemplifiquei teria sido provocada pela esposa, e o marido seria o agredido. Lugar de agressor é na cadeia pagando pelo delito, o sexo do agressor é irrelevante nesse quesito.

Agora um pouco antes no texto:

"É indiscutível que homens e mulheres tenham a mesma prioteção da lei."

A meu ver a frase mais feliz da contra-argumentação, é isso que eu proponho. A lei deve proteger a todos, INCLUSIVE as minorias, e não APENAS as minorias. Só refinando um pouco mais com outro exemplo:

O que mereceria uma pena maior por parte de um magistrado? Um marido que quando perdeu a cabeça deu uma bofetada na esposa, ou uma esposa que quando perdeu a cabeça atingiu um cinzeiro na têmpora do marido? A como se quantificar o dano pelo sexo, pela Maria da Penha ou pelos prejuizos?

Danilo LaGuardia disse...

E só pra completar, concordo plenamente com a parte em que menciona sobre haver respeito entre ambos, e que agressão não deve ser cogitada como alternativa a nenhum dos dois.

Anônimo disse...

A questão,meu amigo,não é o fato de a violência ter sido cometida por A ou B.
Violência é violência e pronto.
A ambos os rigores da lei.

O que me interessa é que a lei NÃO era
cumprida quando se tratava de mulher.


Por isso a lei MP.

Do jeito que alguns colocam,as mulheres loucas é que inventaram isso só para ferrar com os homens bonzinhos.

Isso não é verdade.

Hoje mesmo.....apesar de termos delegacias especias e leis específicas....mulheres continuam sendo mortas pelo descaso da lei.

Repito.....a lei tem que proteger quem precisa de proteção.


Lya.

Anônimo disse...

E se quiseres saber porque mulheres ficaram feministas...lia meu blog,rs.


Lya

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